segunda-feira, 7 de abril de 2014

Saudade do compromisso!


Eu tive seis namorados! Nunca fui de ficar solteira e não acho que era só o fato de eu gostar de namorar, mas de certa forma eu parecia atrair relacionamentos sérios. Eu recém terminava um namoro e o próximo cara que eu ficava já se tornava meu namorado. Sorte ou azar? Difícil julgar, porém eu segui namorando, desde os 15 até quase os 27 anos.
Quando acabou o meu namoro de número seis eu decidi que estava cansada de namorar. Eu nunca tinha viajado com as minhas amigas, saído na balada e ficado com um cara X, nunca tinha vivido essa experiência de estar sozinha, de planejar meu fim de semana pensando só em mim, ou simplesmente não planejar, deixar acontecer. Eu queria sair na balada e paquerar, queria conhecer pessoas diferentes, me sentir paquerada e escolher com quem eu ia sair no sábado à noite. E tudo isso passou a fazer parte da minha vida.
Um ano e cinco meses se passaram, nesse tempo eu consegui ficar sem namorar, mas não consegui ficar sem romance! Eu sempre estava apaixonadinha por alguém, mesmo que aqueles amores não se intitulassem namoros (eu preferia assim) sempre tinha alguém pra ligar, pra tomar um vinho, pra pegar um cineminha ou uma baladinha que fosse. Eram romances onde existia o carinho, mas não existia a cobrança, existia a companhia mas não a obrigação e isso me serviu muito bem durante esse tempo, até que eu cansei de não ter compromisso.  
De repente aquelas relacionamentos com mais liberdade deixaram de me suprir, eu precisava de mais; queria dormir e acordar junto, queria apresentar a família, queria fazer planos, mas para tudo isso eu precisava me comprometer, e precisava que se comprometessem comigo. E a vida não é como a gente quer, então quando eu decidi me comprometer, eu estava apaixonada por um cara que “não estava pronto”, porque parece que quando a gente quer que de certo, da tudo errado!
Sei lá o que me deu pra mudar de ideia, talvez a idade, ou o fato de que todas as minhas amigas estavam namorando! Eu ainda não tinha 30, mas estava prestes a completar 28. Nunca liguei muito pra idade e sempre fui contra casar cedo. Mas na verdade não queria casar, eu só queria me comprometer de novo, estava com saudade de namorar, uma saudade imensa de dizer eu te amo, uma vontade louca de viver algo de verdade, de dar satisfação e ligar só pra dizer “estou com saudade”.

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